Sempre ouvi dizer que "coentros e rabanetes não vão à mesa do rei". Injusto! Não digo tanto para os rabanetes, que apesar de bons (ao meu paladar) não são nenhuma iguaria dos Deuses, mas para os coentros considero uma ofensa. E gravíssima! Assim sendo, e como tentativa de amenizar a situação destas tão amadas (pelo menos por mim!) ervas aromáticas, nasceu o "Coentros e Rabanetes".
E porquê criar um segundo blogue quando já quase não se tem tempo para o primeiro, criado à tão bem pouco tempo? Pois bem, a justificação tem precisamente a ver com a minha paixão pela gastronomia! É verdade, sou uma verdadeira amante de comida e, se pudesse, passava a vida a comer. E a comer de quase tudo, pois à excepção do nabo e do fígado, ainda não acrescentei mais nenhum item a esta lista de restrições. Também não sou esquisita em termos de cozinhas estrangeiras, de todas as que experimentei fiquei fã ou, como diria o meu pai, "és uma vendida"!
Mas nem sempre fui assim comilona! Quando era bébé, o biberão dava para alimentar duas de mim e ainda em miúda os meus pais passavam trabalhos para me fazerem ingerir o que quer que fosse: o meu pai fazia macadas, a minha mãe inventava histórias e as refeições eram sempre uma tortura! (Pai, Mãe, perdoem-me!!!!). Os anos foram passando e fui-me habituando a ajudar a minha mãe na preparação do jantar. E como se aprende a observar! Desde o cozinhar propriamente dito até à limpeza dos utensílios e zona de trabalho (tal e qual como se de uma experiência científica se tratasse - e desde já vos digo que a minha cozinha é muito mais limpa, arrumada e organizada que muito laboratório de investigação (e aqui falo com conhecimento de causa!)). E assim lá me habituei a estas lides: ao início era uma seca (na idade da parvalheira), hoje em dia é um amor para toda a vida.
A minha outra paixão, dentro do tema, são os livros de receitas, que lá vou coleccionando e que são a melhor fonte de inspiração (numa grande parte das vezes acabo por não as seguir à risca, confesso que vou inventando). Não há melhor leitura, penso eu de que!
E como mais recente paixão tenho a "agricultura". Decidi começar a plantar ervas aromáticas (culpa das férias na Madeira com a venda das sementes de todos aqueles maracujás estranhissimos e ainda da menta do Marco), o que para quem vive num apartamento não é tarefa lá muito fácil. Mas posso desde já descansar as ONG pois as minhas ervinhas e vegetais (e flores!) estão frescos e viçosos e, duas vezes por dia, são alvo do meu amor e carinho. São um pouco como as crianças, todos os dias uma novidade diferente (espera lá, isso não é o Kinder-surpresa????).
O objectivo principal do blogue é dar largas aos meus (e aos de quem quiser participar) devaneios gastronómicos! Desde a agricultura na varanda e parapeitos das janelas (sim, qualquer dia o meu T2 parece saído do National Geographic) até às combinações mais estranhas de ingredientes, vale de tudo.
Numa busca rápida pelo dicionário on-line encontram-se as seguintes definições:
Gastronomia (gastro- + -nomia) s. f.
Conhecimento de tudo que se relaciona com a cozinha, com o arranjo das refeições, com a arte de saborear e apreciar as iguarias.
Gastronomia molecular: ciência que estuda os processos físicos e químicos que intervêm na preparação de alimentos e que investiga técnicas de confecção.
Culinária s. f.
Arte de cozinhar.
Não sendo eu expert no assunto (nem na arte!), apenas uma muitissimo curiosa, resolvi começar a partilhar as minhas incursões (sucessos e falhanços, pois todas as experiências ensinam algo!) por este tão fantástico e diverso mundo que me deixa com água na boca!
Espero que gostem e que me acompanhem e, sobretudo, que estas mensagens sejam bons momentos de partilha e diversão :)
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